Projeto Letícia: Colher, Ouvir, Respeitar, Sigilo, Empatia e Não Julgamento, conheça mais sobre esse lindo Projeto.
Projeto Letícia O projeto Letícia é um grupo de apoio para trabalharmos a questão da perda e auxilio na elaboração do luto, iniciamos com a perspectiva de que os pais se sintam acolhidos e amados, propiciando condições para estabelecerem vínculos, e que sejam capazes de reconstruir um propósito de vida através do grupo. O Projeto Letícia, tem como princípios: ACOLHER, OUVIR, RESPEITAR, SIGILO, EMPATIA E PRINCIPALMENTE O NÃO JULGAMENTO ( pois quando julgamos excluimos o outro) O Projeto Letícia tem como tema: O QUE RESTA PARA NOS QUE AINDA ESTAMOS VIVOS?. (Bert Hellinger)
Essa pergunta nos leva a refletir. Quais nossas expectativas? Quais os sonhos que ficaram? Diante de tanta informação dolorosa sobre a questão do luto, foi pensado então o projeto Letícia, que se trata de um projeto social que visa acolher tamanha dor, angustia esofrimento desses pais que sofrem demasiadamente com a perda do filho. Através dos encontros teremos possibilidades de encontrar um novo objeto a receber energia, ou seja, a energia depositada ao filho que tanto amei, terá possibilidade de ser depositada em outro objeto, coisas, ou pessoas, dando assim um novo sentido externo, clareando emoções sensações e pensamentos. Em “Luto e melancolia” (1917/1988), Freud descreve o luto como um processo psíquico não-patológico, que acontece após a perda de um ente querido. Em linhas gerais, o autor entende que as relações que uma pessoa estabelece são relações entre seu próprio ego e um objeto externo. Nelas, o ego investe determinada quantidade de energia (libido) no objeto de acordo com a intensidade do laço que há entre ambos. Nas relações mais próximas, por exemplo, há grande investimento libidinal no objeto. Quando uma pessoa falece, é preciso que o ego retire a libido investida daquele objeto que já não existe mais. Isso, no entanto, não se dá imediatamente após a morte, já que há apego pela pessoa perdida. Somente aos poucos a realidade pressiona, fazendo com que ocorra o desinvestimento no objeto perdido. Conforme isso acontece, a libido investida no objeto que morreu vai sendo dirigida para outros fins, que podem ser novos interesses, novas atividades e novas relações. Freud considera que o trabalho do luto está concluído quando a libido antes dirigida ao objeto perdido foi devidamente redistribuída. A morte apesar de ser a única certeza da vida, ainda tem um impacto muito grande, a perda de alguém gera a quem fica muitos sentimentos dolorosos, se tratando da perda de um filho notamos a angustia engasgada no seio da família que fica. A família se apodera de uma sensação de impotência, na qual não encontram saída para tamanha dor, Klein (1940) explica que quando se instala o luto adulto, o indivíduo tem uma fantasia inconsciente de que com o objeto perdido todos os seus objetos bons, inclusive seus pais bons internalizados, foram perdidos, predominando então os objetos maus, reativando assim a posição depressiva e suas ansiedades derivadas: culpa, sentimentos de perda provindos do desmame, complexo de Édipo e outras fontes, além de alguns sentimentos de perseguição que também podem ser reativados. A morte de alguém que amamos nos remete a uma perda de tudo que já foi bom em nossas vidas, perdemos o filho e junto todas as lembranças boas que já havíamos registrado ao longo de nossas vidas, sejam elas dos nossos próprios momentos, dos momentos em família, dos momentos de conquista dos filhos, comemorações natalinas, aniversários, tudo que vivenciamos e foi marcante se perde em meio a tanto dor e sofrimento, como se morresse junto com individuo amado. E por conta dessas perdas é que nos encontramos em condições de grande desanimo, desesperança, tristeza profunda, perda do sentido da vida e de perspectiva futura, preferindo se manter distante de tudo e de todos, sobrevivendo em quarto escuro, no qual tudo se perdeu. Ou seja, Klein (1940) relata quando ocorre à perda real, em sua fantasia, o indivíduo acredita que seu mundo interno foi destruído. O processo de luto para a autora consiste então na reestruturação do mundo interno, reintrojetando o objeto bom de maneira a reestruturá-lo. “Quando o luto tiver terminado (…) reconstruiremos tudo o que a guerra destruiu, e talvez em terreno mais firme e de forma mais duradoura do que antes” Sigmund Freud. A Dor do luto são processos para que possamos nos separar daquele (a) que partiu. Aquilo que os mortos nos deram independente de bom ou ruim, precisa ser olhado e acolhido com respeito e gratidão. Quando tomamos nas mãos o que foi dado por esta pessoa e agradecemos, deixamos que o passado passe e seguimos com o que ficou em nossa alma. Seguimos o Fluxo da vida, agradecendo o que foi, e como foi,mesmo que seja difícil. Assim, quando reconhecidos,aceitos e respeitados, podem partir em paz, e dão força aos que permanecem vivos. Para que isso ocorra, algo precisa ser efetivado, posturas que trazem alívio e liberação para o sistema familiar, rompendo assim o ciclo de perdas trágicas. Quando não aceitamos a morte do ente querido, imputará dores e doenças que ficam, como se a morte tivesse sido em vão. Aceitos os mortos e suas mortes, eles se retiram e a paz reina. A Dor e a perda do sentido da vida. Bom lembrar, a vida não é algo extraordinário em relação a morte,ambos são movimentos da existência, a vida é o que resta para aqueles que permanecem. Juntos transformaremos toda dor em FORÇA. Força para seguir o Fluxo da vida que ainda nos resta. O nome do Projeto é em homenagem a Jovem Letícia Araújo que faleceu em um trágico acidente de carro. O nome do Projeto tem a autorização e participação dos pais da Jovem Letícia. O Projeto Letícia foi criado pela Terapeuta e Consteladora Natália Sandrini, e conta com o apoio da Co-criadora e Psicóloga Dieniffer Benites. O Projeto acontece a cada 15 dias na CLINIPAX, cito Rua Rui Barbosa, 271 Vila do Prata- Maracaju-MS. Para maiores informações Telefones; (67) 3454-1113 ( Whatsapp Clinipax) (67) 99637-4197 ( Whatsapp Natália )